Chão de pequenos

INTERNACIONAL
Fitza - Festival Internacional de Teatro Zicosur - Chile (2019)
Fitlo - Festival Ibero-americano de Teatro de Logroño - Espanha (2018)

NACIONAL
Sesc Piracicaba - SP (2020)
Fik Udesk - Florianópolis - SC (2020)
Festival de Verão UFMG (2020)
Sesc Santos (2020)
Sesc Pinheiros - Temporada (2019)
SP Escola de Teatro (2019)
XIV Festival de Teatro da Amazônia - Manaus (2019)
Abertura do Feespe - Festival de Teatro de Petrópolis - RJ (2019)
Ipatinga - MG (2019) Teatro de Contêiner - SP (2019)
Solo negro - Tambor Mineiro (2019)
Sesc Campinas (2019)
Festival Nacional Toni Cunha de Itajaí (2019)
Campanha de Popularização do Teatro e Dança BH (2019)
Sesc Jundiaí (2018)
Festival de Curitiba (2019)
5ª Temporada de Teatro de Sete Lagoas (2018)
X Semana de Artes UFOP - Ouro Preto - MG (2018)
Fentepp - Festival Nacional de Presidente Prudente (2018)
Festara - Festival nacional de Teatro de Araçatuba- SP (2018)
Festu - Rio de Janeiro (2017)
Temporada de teatro de São João Del Rei - MG (2017)
Festival Aquilombô - Belo Horizonte (2017)
Temporada Caixa Cultural - Rio de janeiro - RJ (2017)
Estreia no festival de Curitiba - PR (2017)

O espetáculo “Chão de Pequenos”, da Companhia Negra de Teatro, discute intolerância e preconceito por meio da história de dois jovens abandonados por suas famílias, a partir de uma dramaturgia baseada em histórias reais colhidas em pesquisas e entrevistas da equipe com várias famílias e pessoas relacionadas com o tema da adoção.

Formada pelo ator e diretor Felipe Oládélè, pelo ator e iluminador Eliezer Sampaio e com colaboração artística do ator Ramon Brant, a Companhia Negra de Teatro tem circulado pelo Brasil e pelo exterior com o espetáculo “Chão de Pequenos”, que tem direção de Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati.

No palco, os atores contam a história de dois jovens, Lucas Silva e Pedro Henrique, entre a infância e a adolescência, marcados pela orfandade e o abandono da própria família. Dos orfanatos às ruas das grandes cidades, a fábula dos garotos revela a importância da empatia, do diálogo e do afeto nos dias de hoje, numa sociedade marcada pela intolerância e pelo preconceito.

“Acredito que o espetáculo contribui para que o tema da adoção tenha mais

visibilidade e que a discussão se estabeleça também por meio da arte”, diz

Ramon. “O espetáculo é, antes de tudo, sobre amizade. Sobre o encontro que

presentifica o cuidado no trato com o outro. Sobre querer ser visto em um

mundo de visão anestesiada. Existimos por causa dos outros, para os outros,

por nós”, completa.

Na trajetória da Companhia Negra de Teatro, os artistas contam também com o apoio de outros colaboradores empenhados em discussões sobre questões raciais no Brasil. Em Chão de Pequenos destaca-se a colaboração da escritora Ana Maria Gonçalves – autora do premiado romance Um Defeito de Cor – que tem textos utilizados na peça. As performances do grupo são sempre autorais e questionam problemas sociais graves, como o racismo e as desigualdades sociais.

“Neste espetáculo abordamos o fato de negros serem mais preteridos do que

os brancos no momento de uma adoção”, conta Felipe Oládélè. O artista

destaca ainda outra performance do grupo, chamada Invisibilidade Social, em

que uma pessoa negra se deita no chão vestindo um terno e segurando uma

pasta, elementos suficientes para recepções muito inusitadas da parte do

público. “É muito raro que se humanize um corpo negro deitado no chão da

cidade com esse tipo de roupa – houve um dia em que até chamaram a polícia

durante a performance. Se o corpo deitado no chão fosse de uma pessoa

branca, as reações seriam completamente diferentes”, diz o artista.

Ficha Técnica

Concepção e atuação: Felipe Oládélè e Ramon Brant

Direção: Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati

Dramaturgia: Coletiva

Textos: Ana Maria Gonçalves, Felipe Oládélè e Ramon Brant

Provocação Dramatúrgica: Grace Passô

Direção de Movimento e Preparação Corporal: Tiago Gambogi

Iluminação: Cristiano Diniz

Operação de Luz: Cristiano Diniz / Thiago Rosado

Trilha Sonora Original: GA Barulhista

Operação de Som: Sammer Iêgo Lemos

Figurino: Bárbara Toffanetto

Cenografia: José Soares da Cunha e Zé Walter Albinati

Cenotecnia: José Soares da Cunha

Direção de Produção: Gabrielle Araújo

Projeto Gráfico: Estúdio Lampejo e Ramon Brant

Fotografia: Lucas Brito.

Escrita Poética do Processo: Bremmer Guimarães

Produção: Caboclas Produções

Realização: Companhia Negra de Teatro