Decomposição histórica da tentativa de criação da França-Antártica por Nicolas Durand de Villegagnon de 1555 a 1560, na baía de Guanabara, empreendimento colonizador francês, colônia francesa efêmera. Acontecimento histórico-mítico que é a cena inaugural da cidade do Rio de Janeiro com todas as suas suspensões e quedas.
O texto está estruturado em quatro espelhos/atos.
Espelho 1- “ERA-GLACIAL NA FRANÇA-EUROPA (1555 – 1560) – OS NOMES DA
BELEZA DE DIANA DE POITIERS.”;
Espelho 2 – “VILLEGAGNON E AS ONÇAS – O FORTE COLIGNY”;
Espelho 3 – “INTÉRPRETES-FRANCESES DE SEGREDOS INDÍGENAS”
Espelho 4 – “HENRIVILLE – A CIDADE-SUSPENSA-NO-AR”.
“Relatos Efêmeros da França Antártica”, de Francisco Carlos, estreou no Sesc Pompeia em 07 de agosto de 2019, no Espaço Cênico da unidade. A peça trata da tentativa de criação da França Antártica, uma colônia francesa, na baía de Guanabara. O texto se serve da intervenção do colonizador Nicolas Durand de Villegagnon no Rio de Janeiro, entre 1555 e 1560, para abordar temáticas em torno das diferentes formas de colonialismo. Um fato histórico-mítico que é a cena inaugural do Rio de Janeiro com todas as suas suspenções e quedas.
Autor e diretor amazonense, Francisco Carlos é um dos mais singulares criadores do Teatro brasileiro. Estudou filosofia pela Universidade do Amazonas, aplica seus estudos em processos criativos que o levam a invenção de um teatro poético-filosófico-etnográfico, alimentado por um crescente no olhar e modos de viver dos povos originários das Américas, os índios.
Temas indígenas, como a relação entre animais, homens e deuses, o aproximam do conceito de perspectivismo ameríndio, desenvolvido pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, que se torna um dos eixos do seu projeto artístico e autoral. Seu vasto repertório contabiliza cerca de 40 peças escritas e a direção de cerca de 30 montagens, entre elas está o seu mais
ambicioso e reconhecido projeto, a tetralogia “Jaguar cibernético”, formada
pelas peças “Banquete Tupinambá”, “Aborígene em metrópolis”, “Xamanismo the connection” e “Floresta de Carbono” – De volta ao Paraiso Perdido”.
Ficha Técnica:
Elenco: Begê Muniz, Conrado Costa, Daniel Faleiros, Elisa Telles, Gabriel Muglia, Hércules Morais,Lucas Fiorello, Majeca Angelucci, Ondina Clais, Roberto Borestein e Vinícius Franzolini
Dramaturgia, Encenação e Direção Geral: Francisco Carlos
Direção de Arte: Clíssia Morais
Cenografia: Miguel Aflalo, Julia Armentano e Maíra Benedetto
Figurino: Sandra Machado
Desenho de Som: Ismael Sendenski
Desenho de Luz: Júnior Docini
Treinamento de Língua Tupi: Eduardo Navarro
Coordenação de Pesquisa de Movimento: Elisa Telles
Treinamento de Esgrima: Alkhas Lakerbai
Treinamento de Técnicas de Dança-Teatro: Cristiano Karnas
Videomaker: Joaquim Castro
Direção de Produção: Gabrielle Araújo
Assistente de Produção: Antônio Franco
Assessoria de Imprensa: Adriana Monteiro [Ofício das Letras]
Assessoria Jurídica: Renata Araújo
Produção: Caboclas Produções