Se faz urgente entender o passado, compreender o agora e projetar uma possibilidade de futuro. Produzir novas memórias, novas imagens e novas pontes para a subjetividade. Se faço do meu corpo território, como constituí-lo uma nova terra? Como repovoar a existência?
Em 2019, Felipe Oládélè esteve em Cabo Verde, com passagens nas ilhas de São Vicente, Ilha do Sal e Santo Antão. Um encontro de um atlântico real com um atlântico singular. A busca transatlântica da memória como persistência e invenção. A experiência ao conhecer um território pela primeira vez integra uma das pulsões para a construção da dramaturgia corporal deste espetáculo que é tecida a partir desta experiência de viagem, de corpos, deslocamentos, encontros e aproximações com o outro.
Felipe, que nos últimos anos desenvolve sua pesquisa entre teatro, dança. música e performance a partir do corpo-diaspórico, vem expandindo seu trabalho através dessas
linguagens em espetáculos como “Chão de Pequenos” e a performance “invisibilidade social”, ambos da Companhia Negra de Teatro, e também no espetáculo “PRETO” da companhia brasileira de teatro, dirigida por Marcio Abreu.
Ficha técnica:
Concepção, texto e atuação: Felipe Oládélè
Dramaturgia: Rafael Batista e Felipe Oládélè
Equipe de criação: Rodrigo Antero e Rafael Batista
Preparação corporal: Rafael Batista
Direção de Produção: Gabrielle Araújo [Caboclas Produções]
Produção: Marcella Pinheiro e Felipe Oládélè
Iluminação: Cris Diniz
Trilha sonora: Felipe Storino e Carlos Felipe
Pesquisa em dança de matrizes africanas e afrobrasileiras: Evandro Passos
Pesquisa em percussão: Carlos Felipe
Cenografia, figurino e adereços: Rafael Batista e Felipe Oládélè
Fotografia: Allan Calisto e Igor Cerqueira